terça-feira, 1 de junho de 2010

e-Folio C


1ª PARTE – O JOVEM ADULTO – UMA NOVA IDENTIDADE

No âmbito de implementação de um projecto de integração profissional, destinado a jovens adultos – indivíduos cujas idades variam entre os 18 e os 40 anos (agrupando a perspectiva de diversos autores), deveremos ter em conta algumas características deste período da vida e do desenvolvimento dos sujeitos, para que o projecto possa produzir os resultados esperados – DESENVOLVIMENTO PESSOAL E SOCIAL – e se traduza em casos de sucesso.

As mudanças características desta fase da vida dão-se, também, ao nível da cognição, comportamento e personalidade, provocadas não por factores intra-pessoais (alterações biológicas próprias das etapas anteriores), mas por reflexo de uma multiplicidade de situações de carácter social e, cultural que influem na esfera pessoal. Nesta fase as capacidades físicas do indivíduo estão no seu auge, sendo notáveis a sua vitalidade e resistência. É nesta altura da vida que se verifica um pico de fertilidade, muito embora não se traduza, muitas vezes, em opções de concretização da maternidade / paternidade.

O jovem adulto é por excelência o indivíduo social em acção. Participa de várias formas na vida activa da sociedade (não que isto não aconteça nas etapas anteriores, pois todos temos em qualquer idade uma participação activa na esfera social), sendo as mais determinantes a via profissional e o assumir de um relacionamento íntimo (assunção de novos papéis sociais). O jovem adulto apresenta uma dualidade – já não é tanto o “sorvedouro” de conhecimentos, é antes de mais o pilar de consolidação de conhecimentos e de transformação dos mesmos, devolvendo à sociedade em forma de contributo profissional e social as suas aquisições reestruturadas.

Diversos autores se dedicaram ao estudo desta fase da vida, contribuindo com teorias explicativas do desenvolvimento psicossocial do jovem adulto que deverão ser tidas em consideração quando se perspectiva a implementação de um projecto de integração profissional.

Erikson, mantém a perspectiva da existência de um conflito que cada um deverá resolver. Intimidade vs isolamento pretende explicar a forma como o jovem adulto encara este período. Na sua busca incessante de identidade e construção do seu auto-conceito, o jovem adulto está perante a necessidade de assumir diversos relacionamentos que envolvem a esfera profissional, mas também a esfera pessoal.

Levinson defende que o desenvolvimento humano nesta etapa é operado pela sequência de duas fases: estabilidade e transição: a estabilidade encontrada na construção de um relacionamento com vista à criação de um novo núcleo familiar e a transição patente na busca incessante da realização profissional.

As fases de transformação de Gould dão a perspectiva de construção do auto-conceito. São 4, distribuindo-se em termos cronológicos. Inicia-se com a (1) construção da identidade e a autonomização progressiva em relação ao núcleo familiar, passando pela (2) definição de objectivos profissionais e pessoais, pelo (3) confronto e consequente afirmação ou alteração de objectivos e por último (4) pela “depressão da meia-idade” em que o indivíduo se apercebe da possível monotonia da rotina e encara a possibilidade de reconstrução da vida, pelo que na passagem para a adultez muitas vezes se verificam alterações radicais.

Para Gutmann, esta fase da vida regula-se pelo imperativo parental. Toda a actuação do jovem adulto é potenciada e focalizada na função protectora da criança e na preservação do seu bem-estar.

Para além destes estudos, existe um outro factor determinante, que integra algumas variações e que representa um grande número de jovens adultos na sociedade: o nível de estudos e o contexto universitário. Neste contexto, Chickering defende a existência de vectores de desenvolvimento que o jovem adulto universitário vai ultrapassando num crescendo de complexidade (por diferenciação e integração), influenciando de certa forma a sua participação social e a construção do seu Eu. Trata-se de um ambiente específico com vivências muito próprias. O jovem adulto que não frequente a Universidade também experiencia estes vectores, mas num timing e ambientes diferentes.

Tendo em atenção as perspectivas de desenvolvimento dos vários investigadores e conjugando a história pessoal de cada jovem adulto, a intervenção através da implementação do presente projecto, deverá constituir uma ferramenta para a construção de um auto-conceito (auto-imagem e auto-estima) equilibrado.

2ª PARTE – A VELHICE



3ª PARTE – FACTORES DE RISCO E DE PROTECÇÃO DA ESCOLA E DA FAMÍLIA – O MODELO ECOLÓGICO DE BRONFENBRENNER





Bibliografia:

Tavares, José et al (2007). Manual de Psicologia do Desenvolvimento e Aprendizagem, Porto Editora

Morgado, Lina e Costa, Angelina (2009). Texto – Ciclo de Desenvolvimento – Idade Adulta e Velhice, Universidade Aberta

Jonassen, D. (2007). Computadores, Ferramentas Cognitivas – desenvolver o pensamento crítico nas escolas. Porto Editora, Colecção Ciências da Educação Século XXI, nº 23.



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