domingo, 28 de março de 2010

Psicologia do Desenvolvimento - E-folio A - Parte II



Cá estou de novo! Agora aqui fica a parte II.
Boas leituras.
Até breve.

2ª Parte - Actividades

1 – A herança genética e a sua evolução explicam as diferenças de comportamento das espécies; as necessidades de adaptação, inerentes a cada ser (conjuntamente com o meio em que interagem), determinam o seu desenvolvimento. No ser humano as aprendizagens são mais longas, mas também mais decisivas, desenvolvendo capacidades que não estão presentes nas outras espécies. Os diferentes ritmos de desenvolvimento são explicados cientificamente por Darwin, com a publicação em 1859 da sua Obra “A Origem das Espécies por Meio da Selecção Natural”.

2 – Os estudos de Goddard tentaram provar que o comportamento humano é determinado pelo património genético herdado dos progenitores. Goddard defende a supremacia da hereditariedade sobre qualquer outro tipo de influência. Esta abordagem assenta na ideia de desenvolvimento humano por maturação do padrão genético de cada indivíduo, sem que o meio interfira neste desenvolvimento.

3 – Watson tentou demonstrar que o indivíduo nasce desprovido de aptidões ou de padrões comportamentais inatos. É a influência externa que contribui para o seu desenvolvimento. Assenta a sua teoria na abordagem behaviorista: nascemos sem qualquer atributo, pelo que cabe ao ambiente a responsabilidade total de formar o indivíduo em termos de pensamentos, comportamentos e sentimentos.

4 – Por parte dos defensores da hereditariedade, seria valorizada a evolução do menino após o treino, nomeadamente no que diz respeito à aquisição da linguagem e postura (aptidão exclusiva do ser humano e por isso dependente de um determinado padrão genético). Para os defensores da influência exercida pelo meio ambiente, os argumentos cairiam por um lado sobre a impossibilidade de recuperar o atraso para que a criança atingisse os níveis de desenvolvimento próprios da idade que lhe era atribuída (influência dos anos vividos na companhia dos animais) e por outro justificariam a evolução da criança com a inserção no novo meio, que proporcionou o treino e educação. Ou seja, a influência do meio é de tal forma determinante que condiciona o desenvolvimento do indivíduo.

5 – O processo de aprendizagem e desenvolvimento no ser humano depende quer da sua herança genética, quer da influência do meio. Nós interagimos, desde o momento da concepção, com o ambiente que nos rodeia. Assim, partilho de uma visão interaccionista, defendendo que é a partir do diálogo que mantemos com o meio (nos seus contextos social e cultural) e agindo sobre ele, construindo-o e assumindo a nossa reconstrução permanente, ao longo do tempo, que se dá o desenvolvimento e a aquisição de diferentes padrões de comportamento, pensamento e sentimentos. A título de exemplo, na presença de gémeos monozigóticos nem sempre estamos perante padrões de desenvolvimento e comportamento idênticos.

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Bibliografia:

Tavares, José et al (2007). Manual de Psicologia do Desenvolvimento e Aprendizagem, Porto Editora

Morgado, Lina e Costa, Angelina (2009). Texto - Teorias Implícitas sobre o Desenvolvimento, Universidade Aberta

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